A presença de @oficialfernandatorres no Oscar 2025 é um marco que transcende o cinema, consolidando o Brasil como potência cultural e reconfigurando o papel da moda na validação de narrativas históricas.

Sob a genialidade de @antoniofrajado cada look foi transformado em um capítulo visual da trajetória de Fernanda, traduzindo a força e a complexidade de Eunice Paiva, sua personagem em Ainda Estou Aqui. @alexandreherchcovitch e @reinaldolourenco abriram sua campanha com um Brasil autoral. No Globo de Ouro, o vestido preto de @oliviertheyskens traduzia luto e resistência. No BAFTA, a alta-costura de @dior oficializou sua validação global. E no Oscar, Fernanda escolheu @chanelofficial – uma decisão que carrega peso simbólico.

A Chanel, historicamente, representa sofisticação atemporal e uma rebeldia embutida na sua origem. Coco Chanel redefiniu o papel da mulher na moda, as libertando dos espartilhos e criando um novo código de elegância funcional, justamente em um período de grandes mudanças sociais. Escolher Chanel na noite do Oscar, num filme que revive os horrores da ditadura militar e ressoa com o conservadorismo extremo de 2025, é uma afirmação poderosa. Chanel sempre associada a mulheres que desafiaram sistemas. Fernanda veste não apenas um vestido, mas uma posição – contra o apagamento da memória, contra a repressão, contra o retrocesso.

E aqui está a grande inversão: não foi a moda que escolheu Fernanda, foi Fernanda que legitimou a moda. No mercado de luxo contemporâneo, onde o capital cultural transcende a ostentação, as maisons buscam se conectar a símbolos vivos. Sua jornada ao Oscar não foi sobre glamour, foi sobre território e pertencimento. Ela veste um Brasil que resiste. E, num mundo onde o Sul Global dita os próximos passos do consumo e da cultura, sua presença reconfigura hierarquias e desafia dinâmicas de poder.

O cinema e a moda sempre foram catalisadores de mudanças, mas quando fundidos a um símbolo vivo, se tornam patrimônio imaterial. Fernanda não é tendência. Ela é fantasia de carnaval, case de consumo, zeitgeist e a voz de uma nova era!